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Foto na sala da turma do 3° ano em 2011 |
Cá estou eu para contar mais
uma história para os leitores do blog do anobelino (claro, meu blog né...)
Era um dia lindo de segunda-feira,
depois de um final de semana divertido e dinâmico tenho o árduo dever de cumprir
com a minha tarefa de estudante e assistir as aulas da 8ª série, no colégio
Anchieta no ano de 2008. E como sempre, na segunda-feira as primeiras aulas
eram de português, da nossa querida professora e diretora Iracema Félix, que
era conhecida por ser rígida na questão dos horários, estudo e disciplina.
As aulas de português
começavam às 13h e eu sempre tinha que levar o almoço do meu irmão que
trabalhava na comunidade do alto do redentor. Assim eu tinha que subir uma
enorme ladeira todo o santo dia no pingo das 12h da tarde.
Sempre ia de bicicleta para
não perder tempo e não chegar atrasado na escola. É por isso que até hoje tenho
uma enorme cicatriz no meu braço direito, de uma tragédia que aconteceu em um
dos dias das jornadas diárias de bicicleta. Mais sobre essa fatalidade deixemos
para ser contado em outra história.
Cheguei apressado, sabia que
era segunda-feira e que era aula da Iracema. Já era 12h50min e só me deu tempo
de chegar em casa e tomar um rápido ‘banho de gato’ e sair todo molhado com uma
pilha de livros nas mãos (para mostra que era estudioso) e sair correndo para
não chegar atrasado e não levar ‘aquele sermão’ da Professora Iracema.
Como a minha casa é do lado
da escola não precisei correr muito. Porém, vocês podem pensar: “Que bom
que a casa dele é perto da escola! Assim facilita muito!” Vocês falam isso por que não foi com
vocês! O fato de a minha casa ser do
lado da escola só piora a situação na hora do aperto na secretaria por chegar
atrasado ou por qualquer outra coisa.
13h17min cheguei à sala,
depois de ter subido a pequena rampa do primeiro andar, que por ventura, em
outro episódio, também aconteceu uma tragédia no dito lugar que deixarei para
contar em outra postagem. (já sei que vocês vão rir de mim).
Cheguei de mansinho na sala
para tentar passar despercebido. Mais quem disse que algo passa despercebido
dos olhos de águia da diretora Iracema? Pois é, quando menos esperava (na
verdade eu esperava) ouvi a voz da professora que disse: “Sim moço! O senhor mora tão longe da escola, o que aconteceu desta
vez? Perdeu o ônibus foi?” Nesse momento foi andando para minha carteira,
embalado pelas gargalhadas dos fies zombadores da minha cara!
Deste dia em diante sempre
que chegava um pouquinho ou muito atrasado, todo mundo dizia: Sim
moço! Perdeu o ônibus foi?
Autor:
Anobelino
Martins