Avaristo, Anobelino, Arivaldo, Abidias, Adalgoberto Foto extraída da filmagem feita em 2004 (Arquivos pessoais) |
É com uma sensação de
nostalgia que lembro da minha infância e recordo dos fatos que marcaram e que
mereciam várias fotografias. Mas infelizmente ou felizmente não existia
máquina fotográfica com tanta facilidade naquela época (apesar de que não faz
tanto tempo assim). Eram momentos em que brincava o dia inteiro com meus irmãos
no quintal de casa. O dia parecia tão produtivo e longo, como se nada mais
importasse, a não ser a diversão. Pular, jogar futebol, correr e ser criança...
Apenas ser criança...
Não tive grandes brinquedos,
como carrinho de controle remoto, ou robô eletrônico movido à pilha, ou coisa
parecida. A gente sempre improvisava com o que tinha ao nosso redor, fazíamos os
nossos próprios brinquedos e com eles realizávamos as melhores brincadeiras do
mundo! Recordo que juntávamos várias folhas usadas de caderno e enrolávamos em sacolas
plásticas de supermercado para fazer uma bola de futebol. E conseguíamos! Fizemos
muitas bolas legais para brincar de campeonato brasileiro.
De vez em quando juntávamos
nossas economias, com muito esforço, para comprar uma bola simples que vendia
na feira, a famosa ‘canarinho’. Mas a inovação durava pouco tempo, quando a
bola pegava em cheio em um arame farpado, já era a brincadeira! A bola de papel
jamais furaria ao entrar em contato com arames farpados, e essa era a nossa
sorte. E a bola de papel também tinha os seus contratempos. Era só um dos ‘pernas
de pau’ dos meus irmãos chutar a bola pra casa dos vizinhos, daí começava a
luta para tentar pegar a bola sem ninguém nos ver no quintal alheio, como se
fosse uma operação quase impossível. Tínhamos que trazer a bola de volta, então
o jeito era 'arriscar as nossas vidas' na operação “Pegar a bola da casa do
vizinho” era muito bom! Um vigiava e o outro como um herói arriscava a vida
para recuperar a bola feita com tantas folhas de caderno usado.
Em fim, inesquecíveis foram os
momentos da minha infância, momentos simples mas com um caráter muito valioso.
Posso dizer que foram dias que para sempre estarão nas lembranças da minha
mente e do meu coração.
Fica aí uma pequena parte da minha infância, que hoje compartilho com vocês!
Autor:
Anobelino Martins