Um poema de Quitério Correia (Kyttoo Correia)
Quem dera ao poeta poder saber tudo
Tudo quanto acontece por traz daqueles olhos negros
Quem dera o poeta não sofresse ao olhar sua negritude
Pudera o poeta não sofrer ao não ver sua negritude
O poeta chora como se fosse a última vez
O poeta esconde, em risos, sua timidez
O poeta escreve como se ninguém fosse ler
O poeta deseja como se pudesse querer
O poeta beija como se pudesse ter
Quem dera ao poeta ter o sonho
Quem lhe dera aqueles olhos negros
Como tudo que há de mais sagrado e profano
Tudo que há de mais consciente e insano
Tudo que provoca paradoxo sem ambiguidade
Que faz o poeta sentir que sente de verdade
Quem dera ao poeta não ter liberdade
Quem dera ao poeta não ser de verdade
Quem lhe dera aqueles olhos negros
Quem o fizera sentir o enredo
Perdera-se em meio ao medo
E de, já não mais sentir medo,
Medo sentiu do desejo
Com lágrimas viu o desfecho
E lá se foram aqueles olhos negros
Autor: Quitério
Correia (Kyttoo Correia)
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