Foi em uma manhã chuvosa de
quarta-feira, na aula da professora de biologia Heloise, estava eu e o Isaque
conversando arítica quando nos deparamos com uma cena: O Cleysson olhando para
a janela dos fundos da sala, onde costumávamos sentar.
Eu e o Isaque pensávamos:
- Nossa! Como ele está
reflexivo, contemplativo... E de fato estava refletindo algo.
Foi quando o Isaque perguntou:
- O que é que você está
pensando aí, olhando para a janela? É a vontade de ir logo pra casa é?
Ainda olhando para a janela ele respondeu de forma séria, porém, aos nossos ouvidos ressoou de forma cômica. (eu já estou rindo só em lembrar)
Ele disse:
- Eu sempre me perguntava
onde os urubus se escondiam quando chovia!
Minha gente, quando o Cleysson falou isso, agente não conseguiu conter as gargalhadas. Que reflexão profunda! Que pensamento mais retraído para as coisas mais obscurecidas e menos meditadas do mundo contemporâneo. Quem iria pensar tamanho assunto?
A partir desse dia, até o
fim do ano, fazíamos piadas do Cleysson aproveitando esse episódio. Ele
entendia que era só uma brincadeira e que agente não deixava passar nada, ficava
bravo às vezes, mais logo falava com agente, eram muito bons aqueles momentos.
Até hoje, quando vejo o Isaque,
ele fala com uma voz grosa, tentando imitar a voz do Cleysson:
- Eu sempre me perguntava
onde os urubus se escondiam quando chovia!
Autor:
Anobelino Martins
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