Pensamento vago, entre a
leitura de letras quase ilegíveis. Letras escritas em um caderno rasurado e com
poucas folhas. Caderno simples que remonta os dias de chuva em que ia para a
escola. Caderno que ficava na gaveta da parte de baixo do meu berço, onde os
sonhos me faziam viajar, nas terras dos desejos impossíveis, mas que se faziam
reais no sonho como algo tão natural, que parecia real de verdade,
imortal.
Vou derramando as lágrimas
novamente ao ler esse caderno. Pois, já havia chorado antes, quando li aquelas
palavras pela primeira vez, enquanto eu mesmo escrevia em meio aos recreios da
segunda série. Poemas desajustados, porém, que falavam muito dos amores de
minha infância, das minhas pequenas loucuras de menino, das traquinagens, mesmo diante do medo, e dos momentos de saudades
que já pesavam em mim em pequenas medidas.
Autor: Anobelino
Martins
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