Nesse dia
da árvore recordo a minha infância. Essa mangueira que você está vendo, ai em cima, é a minha arvore predileta, por várias vezes essa árvore me sustentou nos
dias de criança em que corria o quintal de casa e subia rapidamente em um de
seus galhos para ver o pôr-do-sol num morro de cana-de-açúcar lá no final da
cidade. Esse “pé de manga” me proporcionou várias vezes, uma
cena maravilhosa, que eu não era capaz de ver se não fosse o seu galho alto que
me sustentava.
Quantas
vezes também subi para colher mangas, brincar com meus irmãos de esconde - esconde, boto, fica-duro,
galinha atrepada e outras
brincadeiras de criança que por muitas vezes esse “pé de manga” me ajudou a
vencer.
A única
brincadeira em que essa árvore não ajudava muito era o “racha”. A mangueira
atrapalhava, um pouco, o nosso jogo de futebol por estar plantada logo do
ladinho do campinho do nosso quintal. Mas a nossa imaginação de criança
inovava, dizíamos que era outro jogador que passava a bola, completando uma
jogada de craque. Como é bom ser criança!
Por tudo
isso, essa árvore faz parte da minha infância. E hoje... Bem, hoje os galhos da
mangueira ficaram pequenos para suportar o meu corpo ou o meu corpo ficou
grande, impossibilitado de subir, e já não posso mais subir como antes para ver
o pôr-do-sol. Mas as vezes que subi, quando criança, formam o suficiente para
deixar para sempre em minha mente aquela imagem espetacular, da despedida do
sol, que encantava e que ainda encanta os meus olhos.
Autor: Anobelino Martins, 21 de setembro de 2011
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