Hoje à tarde me perguntaram:
O que é a morte para você? Então eu respondi: para mim existem duas formas de
responder essa pergunta, a primeira é olhando a morte de uma pessoa que amo.
Olhando por esse lado eu respondo que a morte é a mais cruel de todas as
distâncias, é o apartamento definitivo...
A morte de um ente querido é
a separação mais cruel, pois não tem hora para despedidas, não tem mais volta,
e a presença nunca mais será possível, acabou todo tipo de contato. Muitas
pessoas falam: “Eu não gosto de
despedias!” Mais quanto perdem alguém que amam para a morte, sempre
lamentam: “nem ao menos deu para me
despedir” Meio contraditório, mais é o que a morte nos faz.
A morte tem essa capacidade
de nos sensibilizar, de nos emocionar, e de nos fazer refletir também sobre a
nossa morte. Quando vamos a um velório sempre pensamos na nossa própria morte.
É algo tão inevitável que já sabemos que seremos os próximos. Conheci um senhor
que dizia: “Vou para todos os velórios,
para que não venha a faltar ninguém no meu!”
Essa é a segunda forma de
responder a perguntada que me fizeram hoje à tarde: Olhando a minha própria
morte. Nesse outro ponto de vista descubro que a morte é uma transcendência, é
o encontro com algo que não conheço, algo que não faz parte do meu mundo, e é
me desprendendo do meu mundo que irei encontrar o que não conheço. Isso é a
morte!
O que mais lamentamos é que
a morte não quer saber a nossa opinião, por que se dependesse de nós, nunca
iríamos morrer. Como sempre diz o meu pai: “Para
morrer basta apenas está vivo!”
Autor: Anobelino Martins
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